Um grão de semente contém em si os princípios de uma dupla viagem: da raíz que se fundamenta na terra, do tronco que conquista o céu. Uma mão sobre uma folha de papel vazia procura o encontro nesses espaços em branco...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Pausa

O relógio aqui ao lado a mexer ininterruptamente os seus ponteiros (tal como um série de amigos/as que se queixa neste início do ano de não conseguir parar). Devíamos poder fazer um pausa Kit-Kat ou então fazer mesmo o tempo de pausa, o tempo de espera de que fala o Tiago Bettencourt

Em todas as casas
no escorrer das paredes
há um tempo de espera.
à espera de quê?

em todos os dias
por trás das horas
há um tempo de espera
à espera para quê?

tudo parado, entorpecido
tudo não anda
porquê?

a areia no chão
o vento dormente
o ar inquieto...

a ideia de acontecer

... a pausa
Tiago Bettencourt

1 comentário:

Anónimo disse...

As pausas podem tornar cronica a inercia, se não soubermos acordar para a realidade, se não conseguirmos ourvir a nossa intuição... de vez em quando, que seja, se não formos capaz de acompanhar o tempo (que não para) e de acertar o passo com os relógios que inventamos precisamente para não nos deixarmos adormecer!

Bjs. e parabéns pelos poemas que escolhes!