Um grão de semente contém em si os princípios de uma dupla viagem: da raíz que se fundamenta na terra, do tronco que conquista o céu. Uma mão sobre uma folha de papel vazia procura o encontro nesses espaços em branco...

sábado, 24 de julho de 2010

O tudo que já construimos e o nada que ainda está por preencher


Tânia, Pedro

Aqui está o PRESENTE: a nossa vida!

Impossível tentar condensá-la neste pequeno baú carregado de simbolismos. Mas foi o que tentámos fazer. Aqui cabe o tudo que já construímos e o nada que ainda está por preencher.

Do FUTURO – sabemos nós – registaram-se alguns momentos. Esse mesmo futuro contido naquela árvore onde um dia nos empoleirámos. Para onde olharíamos nós? Certamente para o PASSADO que haveria de vir. Do tempo que secretamente íamos ver. Das lágrimas que fizemos correr nas faces da Avó Inácia quando partimos e quando regressámos. Dos reencontros em terras distantes e próximas. Do colo em que descansaríamos uns nos outros. Do vinho com o qual festejaríamos a nossa amizade. Das varandas que tentámos transformar em jardins. Da chegada do Pedro. Dos troncos – velhos e novos – que cresceriam entrelaçando-nos cada vez mais uns nos outros.

Para onde olharemos nós? Seguramente para esse afecto mútuo que nos faz certos desse brinde tranquilo com que celebramos a vida. A vossa vida!