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Talvez abatido pelo cansaço ou pela demora do tempo de espera, o pai resolve ausentar-se durante uns momentos para ir lanchar
Algures numa rua do Porto, (R. D. João I, em frente à Biblioteca Pública?), 19h40
O telemóvel toca.
- Estou?!
- A Inês já nasceu!! E sabes que dia é hoje? É dia de Santa Inês
A voz do meu irmão transbordava felicidade. A conquista de um sonho antigo concretizava-se finalmente. Eu fiquei para ali a saborear as intensidades daqueles momentos. Em casa ensaiei uma carta que guardo para lhe entregar. Tem um título e tudo: qualquer coisa como obrigado por te deixares ser minha também.
(Se quiserem saber mais leiam Inês a Pipoca, Campo das Letras, 2006)
Hoje celebro a vida da Inês. E dos muitos, muitos, muitos momentos mágicos: de voarmos numa vassoura transformados em bruxas; de corrermos na cozinha em volta da mesa; do seu primeiro espectáculo (no Coliseu a ver o Noddy) do seu primeiro filme (O Rei Leão), da sua primeira ida ao cinema (Ratatui); da primeira vez que ouvi “Tio Rui” e descoberta desse alter-ego chamado Egas Pipoco flutuando pelo meio de corações azuis e brancos.
A realidade ultrapassa a ficção e afinal no Lugar do Poço havia 2 sementinhas. O meu irmão continuou sem conseguir ver o parto…da segunda vez porque se atrasou…Mas disso falarei daqui a 15 dias quando celebrar a vida da Filipa. Hoje retomo ilustrações do livro e essa centralidade do amor de um casal que não deixou de lutar pelo sonho
1 comentário:
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