Raúl queria viajar.
Escolheu um comboio e embarcou para um lado qualquer.
Viu sonhos e campos de trigo.
Depois saiu no primeiro apeadeiro quando viu o revisor chegar.
Tinha de fugir ... (também já estava farto de ali estar)
Pelo caminho encontrou um gato.
- Onde vais? - perguntou-lhe.
- Não sei. Queria ir mais além mas não sei como lá chegar. Queres vir comigo?
- Não! Ando atrás de um sonho de gaivota.
Mais à frente cruzou-se com uma velha.
- Porque me olhas?
- Não sei. Estou curioso com as tuas rugas.
Andou mais um pouco mas doíam-lhe as pernas e queria descansar.
"E se apanhasse novamente o comboio? Ou se desta vez fosse pelas nuvens?"
Lá no alto encontrou um pássaro azul
- Como consegues voar?
- Não sei... deram-me estas asas e subi para aqui.
(...)
Comecei esta história quando me quis desaborrecer de um momento chato. É portanto uma história inacabada porque interminável.
4 comentários:
Muito bem Rui... adorei.
sugestão: porque não convidares os teus visitantes a continuar a história?
bjs
claudia
muito alice! continua...
uma fuga completa, mas sem fim :-) como se quer tudo que é bom ;-)
(só foi pena a história não ter passado em directo ;-))
beijos
Uma pessoa com talento e reservada, normalmente, refugia-se na escrita. Tentar desprender-se um pouco e permitir o acesso do Outro à sua alma, impedia esta fuga.
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