Um grão de semente contém em si os princípios de uma dupla viagem: da raíz que se fundamenta na terra, do tronco que conquista o céu. Uma mão sobre uma folha de papel vazia procura o encontro nesses espaços em branco...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

E porque não?

Sobre um excelente artigo do Público que Carlos Albuquerque colocou no blogue do MEP aqui fica a minha resposta

Nesta nova questão da moda [casamento entre pessoas do mesmo sexo, adopção por homossexuais] há que também ver as questões pelos lados menos óbvios do que aqueles que nos são servidos pela comunicação social ou que temos cá dentro por "culpa" da nossa socialização.

À luz da actual lei um(a) homossexual pode adoptar pois a questão de orientação sexual não é critério e não pode sequer ser questionada. Mas mais importante do que discutir se os homossexuais podem adoptar é discutir o direito que todas as crianças têm a uma vivência familiar condigna onde impere o amor e as condições dignas para um desenvolvimento estável.

Em Portugal cerca de 15 mil crianças vivem institucionalizadas (são mais que a população reclusa). A possibilidade de adopção por parte de casais homossexuais não virá resolver o problema mas esta não é uma questão de números! Se houver famílias de pessoas do mesmo sexo que tenham as condições necessárias (com o amor à cabeça) eu pergunto: E porque não?


E esta é também uma questão simbólica de permitir a uma minoria o acesso a um conjunto de direitos que a maioria já detém: uma questão de igualdade na construção de uma sociedade mais justa.

3 comentários:

Rui MCB disse...

Pois... Porque não?

Aquarela disse...

E porque não?

Ana Magalhães disse...

Quanto a casais homossexuais, a minha posição é neutra. Cada um faz da sua vida o que bem entender, desde que não prejudique o Outro. Quanto a adopção de crianças, há que ponderar sobre o Bem - Estar da criança, sem afectar o seu psíquico.fiersh