Sobre um excelente artigo do Público que Carlos Albuquerque colocou no blogue do MEP aqui fica a minha resposta
Nesta nova questão da moda [casamento entre pessoas do mesmo sexo, adopção por homossexuais] há que também ver as questões pelos lados menos óbvios do que aqueles que nos são servidos pela comunicação social ou que temos cá dentro por "culpa" da nossa socialização.
À luz da actual lei um(a) homossexual pode adoptar pois a questão de orientação sexual não é critério e não pode sequer ser questionada. Mas mais importante do que discutir se os homossexuais podem adoptar é discutir o direito que todas as crianças têm a uma vivência familiar condigna onde impere o amor e as condições dignas para um desenvolvimento estável.
Em Portugal cerca de 15 mil crianças vivem institucionalizadas (são mais que a população reclusa). A possibilidade de adopção por parte de casais homossexuais não virá resolver o problema mas esta não é uma questão de números! Se houver famílias de pessoas do mesmo sexo que tenham as condições necessárias (com o amor à cabeça) eu pergunto: E porque não?
E esta é também uma questão simbólica de permitir a uma minoria o acesso a um conjunto de direitos que a maioria já detém: uma questão de igualdade na construção de uma sociedade mais justa.
3 comentários:
Pois... Porque não?
E porque não?
Quanto a casais homossexuais, a minha posição é neutra. Cada um faz da sua vida o que bem entender, desde que não prejudique o Outro. Quanto a adopção de crianças, há que ponderar sobre o Bem - Estar da criança, sem afectar o seu psíquico.fiersh
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